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MUSEU INIMÁ DE PAULA - Belo Horizonte

  • Foto do escritor: Musatrip
    Musatrip
  • 14 de jun. de 2020
  • 4 min de leitura

um domingo quase nublado & uma visita apaixonante.

Após seis anos, voltei a Belo Horizonte para uma conferência, programei chegar com dois dias antes, principalmente, para conhecer o Instituto Inhotim, que na época da graduação, infelizmente não pude participar do Encontro Nacional de Estudantes de Museologia, ENEMU, no ano de 2016 (ou foi 2015, não lembro exatamente). A conferência durava três dias, quinta à sábado, então também decidi, permanecer na cidade, até a segunda-feira, precisava voltar na feirinha hippie depois de tanto tempo.

No domingo a programação da manhã, era ir a feira e o Parque Municipal, e logo após, andar pelo centro de Belo, ou melhor, pelas ruas ou regiões próximas do meu local de hospedagem, em busca de museus, como por exemplo: Museu da Moda, MuMo; Museu de Artes e Ofícios, entre outros. Entre subi ladeira e descê-las, ou seja, subir Bahia e descer Flores (frase do Monumento em homenagem ao compositor Rômulo Paes), acabei descobrindo o Museu Inimá de Paula, instalado em um dos prédios históricos da cidade, e a arquitetura é algo que com certeza provoca fascinação!


O MUSEU 🏛


Instalado no prédio histórico, que já deu vida ao Clube Belo Horizonte e o Cine Guarani*, o Museu expõe a vida e obras do pintor, cerca de 100 obras fazem parte da exposição de longa duração (exposição permanente), além das obras, o ateliê (remontagem) e apresentação dos autos retratos do artista compõe parte do acervo em exposição. Segundo o site do museu*, ele dispõe de uma galeria virtual, proporcionando ao público/visitante uma experiência singular. Para que o público experimentasse uma interatividade não só com as obras mas com o conjunto, o prédio passou por uma por uma restauração e remodelagem, fazendo uso de tecnologia, iluminação e recursos visuais.

O PINTOR INIMÁ 👨‍🎨

”um dos mais autênticos e significativos intérpretes da sensibilidade tropical [...] com temas populares, pintou inúmeras favelas, paisagens urbanas e rurais de uma forma bela e marcante.”

Nascido em 07/12/1918, Itanhomi- MG, Inimá José de Paula, ainda na adolescência começa a traçar primeiro desenhos, no Rio de Janeiro, cursou o Liceu de Artes e Ofício, depois se transfere para Fortaleza e juntamente com outros artistas funda o Grupo Cearese e expôs pela primeira vez na Galeria Askanazi, um tempo depois tem sua primeira exposição individual no Rio de Janeiro. O Impressionismo fazia parte da linguagem das suas pinturas, com ênfase em naturezas mortas e paisagens urbanas 🌇. Mas após estudar um período em Paris, suas pinturas começam a revelar a influência do futurismo de Severi e do cubismo de Lhote, sem abdicar de uma linguagem inconfundível, sendo consagrado como ”um dos mais autênticos e significativos intérpretes da sensibilidade tropical [...] com temas populares, pintou inúmeras favelas, paisagens urbanas e rurais de uma forma bela e marcante.”




O QUE FAZER NO INIMÁ?


Se você é turista, minha dica é que impreterivelmente realize uma pesquisa rápida, sobre a vida do pintor, isto lhe ajudará muitas vezes, a entender um pouco da percepção, distribuição, organização do museu, ou seja, a curadoria, mas não é uma regra. Não tenha tanta pressa quando estiver no Inimá, muitas obras te farão repensar e refletir acerca do seu local de origem, conexões! Após visitar a primeira sala, subindo as escadas terá acesso a outras obras, é um museu que dispõe de assentos, então, talvez, tire uns 3 minutos para digerir tudo que teus olhos absorveu neste primeiro contato e continue a explorar o Inimá. E mesmo após conhecer todo o museu, aconselho que tenha mais alguns minutos para novamente processar todas as informações. Se você também tem blogs ou insta com dicas de viagem & lugares, com certeza vai precisar de um bloco de notas ou caderno para anotações. Há mediadores no espaço, caso precise tirar dúvidas, obter informações, acredito que é sempre bom um bate-papo, ainda que rápido, para que você ao menos perceba a concepção de cultura, vivência, eu não fã de visitas guiadas mas em casos específicos vale a pena. Também é um bom lugar para fazer fotos mas esteja atento as recomendações do museu. E como diz a professora Joseania Freitas, este é um dos lugares que têm no mínimo 12232323 trabalhos de conclusão de curso!




DICAS DA MUSA

explore sem pressa, ative sua observação.

É claro, que quando estamos de férias, viajando, conhecendo novos lugares, automaticamente queremos registrar tudo, fotos e vídeos, para serem postados nas nossas redes sociais, isto acontece principalmente com público visitante de museus, uma rápida e frenética visita acompanhada de diversos cliques da tela do celular ou máquina fotográfica, sei bem, que em dados momentos, a visita se dará de forma rápida pois muitas vezes a menos de duas horas já corremos pro aeroporto de volta a nossa rotina. E não há problema nisto, em vários momentos, já me vivi essa circunstância. A minha dica e minha meta, enquanto, visitante de museus, é tentar explorá-lo ao máximo, sem pressa, sem está preocupada se as fotos ficarão tão boas para o instagram, facebook... quando estou visitando um museu, quer seja pela primeira vez, quer seja pela milésima, eu tento me desconectar, desacelerar um pouco com o externo e me conectar com o momento, ativando sempre a minha observação, tentar interagir com as obras, as exposições, extraí ao máximo, pois sem sombras de dúvidas, alguns conceitos, visões passaram por uma alteração, ou pelo menos acontecerá a empatia com o outro, com a cultura do outro. Esse é um exercício, no início para muitos não será nada prazeroso mas com tempo você estará tão habitual, que tuas visitas aos museus sempre serão experiências únicas!!!






FONTES DE REFERÊNCIAS

14 Museus em BH que você não pode deixar de conhecer, disponível em: <https://catracalivre.com.br/agenda/14-museus-em-bh-que-voce-nao-pode-deixar-de-conhecer/>



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